sexta-feira, 7 de abril de 2017

TRANSPYRENEA 2016 - PARTE I


PORQUE ME METO NISTO?
·       Sempre gostei de novos desafios e quando a oportunidades surge, se puder, estou lá.
·       Adoro andar sozinho pelo desconhecido, principalmente durante a noite e grandes distâncias (GD) têm sempre desse menu.
·       Não me move o interesse por superação pessoal, e os novos desafios não são encarados desse prisma, mas como algo que me vai dar imenso prazer.
·       Se aparecer alguma limitação física que se sobreponha ao prazer que retiro das GD, não me custa parar.
·       Ao contrário de menores distâncias, nas GD raramente me passa pela cabeça desistir só por sentir cansaço.
·       Sempre encaro as GD como a certeza que é para chegar ao fim, se não aparecer qualquer contratempo de ordem física. O cansaço não entra nestas contas, porque se estou cansado tenho solução – descanso.
·       As GD são uma ótima forma de ir conhecendo autênticos tesouros naturais. Ao contrário das distâncias mais curtos, aqui temos tempo para nos envolvermos interagir muito mais com o meio natural.
·       Vou sentindo o meu corpo, e procuro ir percebendo quais são os limites, para nunca lá chegar. A saúde e bem-estar físico e psicológico é a grande motivação deste desporto.
·       A competição é o sal condimenta todas as outras motivações, visto que não nego que gosto de chegar bem e chegar primeiro.
·       O caminho faz-se caminhando – a paciência é o exercício que tem de ser mais assumido e trabalhado, nas GD.



Transpyrenea – para mais tarde recordar
Uns meses depois do início desta grande aventura, finalmente tenho disponibilidade para começar a reviver emoções e passa-las para o ‘papel’.
Tudo começou com muita antecedência com o planeamento da preparação e organização da logística e material necessário.
Quanto à preparação, como se torna difícil fazer treinos longos indispensáveis para preparar o físico, optei por um calendário de provas longas a partir do início do ano e que serviria também para testar material, alimentação e outras situações em cenário real.
0 calendário de participações em provas desde o início do ano foi planeado com vista à preparação para a grande aventura.
A alimentação era o grande problema que me assustava. Sabia que se conseguisse resolvê-lo tinha hipótese de concluir esta aventura. Testei  várias soluções/situações sem muito sucesso, tendo abandonado no MIUT devido a este problema. Por mero acaso, no UTSM fui apanhado pelo José Simões, que no Marvão, enquanto bebíamos uma cerveja e conversávamos sobre este problema, me revelou que estava a testar, com sucesso, a toma de omeprazol, e que a coisa estava a correr bem. Oito dias depois na Estrela Grande fiz o teste e correu bem, e a partir daí em ultras com mais de 60 km confirmei os seus efeitos positivos.
Voltei a ter o problema hemorroidal no Oh Meu Deus, que me recordou que tinha de fazer prevenção e ter atenção também a esta situação.

A Mochila foi testada, adaptada e carregada ao longo de muitos km, e o restante material também estava preparado. Também comprei nova mochila que consegui adaptar com muito bons resultados.

A hora estava a chegar. Algumas mudanças de planos no que respeita a acompanhamento e deslocação. Acerto voos para Barcelona com João Colaço e no dia 17 vamos ao encontro da Célia e João Oliveira que já tinham seguido em voos anteriores. Destino para dormir, Girona, a cerca de 60 km da partida. Foi uma viagem calma, sem stresse como convém, com passeio e jantar à noite pela zona histórica de Girona. No dia seguinte, deslocação ao super para últimas compras de alimentação e apanhar táxi para Perthus (viagem de pouco mais de 40 minutos) e lá está imponente, no alto da colina, o forte de Bellegarde. Seguimos no táxi até bem perto e nos últimos 100 metros tivemos de carregar os sacos, o da Célia bem pesado.
A tarde foi ocupada no levantamento do dorsal, controle de todo o material obrigatório e comida, organização das mochilas e saco para as BV e ocupação dos aposentos (tenda) para nós os 4.
O nosso hotel

Termina com a sessão de informações, um desfile com as bandeiras dos diversos países e jantar que entrou pela noite dentro. E,.. vamos para a ‘cama’ que nas 2 semanas que se seguem não vai haver noite inteira para dormir.
É chegado o dia D.
Partida marcada para o meio-dia vamos tomar o nosso último pequeno-almoço e iniciamos a concentração por volta das 11 h para as fotos e cerimónia de partida, mais uma vez em redor das bandeiras das diversas nacionalidades presentes.
Descemos para a saída do forte com o João Oliveira como porta-bandeira e que rapidamente se distancia de nós. Só depois é que vi que logo que passavam a porta era para correr.
Os tugas
Estava lançada a grande aventura.

Agora era cada um por si.



Sector I

  • ·        Com 164.6 km
  • ·       5 pontos de controle (CP)
  • ·        Trilhos com partes técnicas e com poucos cursos de água no início.
  • ·        Desnível: 13000 m D+ 13000 D-
  • ·        Temperaturas máximas de cerca de 35ºC
  • ·        Noite quentes
  • ·        Sem chuva

DIA 1
Partida em ritmo confortável, a descer do forte por estradão e entrar rapidamente em trilho pelo meio da floresta. A temperatura muito alto rondava os 33ºC, o que aconselhava à calma, porque tínhamos muitos km pela frente. Esta primeira parte, embora com alguma floresta que nos dava uma sombra preciosa, era muito seca, não aparecendo qualquer ribeiro ou ponto de água. Apenas cerca dos 11 km podíamos desviar cerca de 100 metros do trilho para nos refrescarmos e abastecer de água numa fonte. Cerca de 200 m depois havia um abastecimento de água e controlo da organização.
Como parti de trás, não tinha noção de quantos seguiriam à minha frente, nem isso era importante. Não sabia que tinha passado o João Colaço, por isso ia na expectativa de o ver, visto que estava a ultrapassar pessoal nas subidas. Sou ultrapassado pelo Daniel Dias (português a residir em França) no início da descida para o CP1. Desde o início que me autocontrolo nas descidas, porque é a descer que nos maçamos mais, por isso geralmente ultrapassava nas subidas e era ultrapassado nas descidas.
À chegada ao CP1 cruzo com o Daniel Dias já de saída. Neste CP1 procuro comer o que estava disponível e as sardinhas de conserva foram uma das opções. Também comi aqui, pela primeira vez, uma sopa de urtigas que, em termos de paladar não me agradou muito, mas deve ser boa pelo ferro. Não demoro mais de 20/25 minutos. Entretanto chega e sai antes de mim o Daniel de Melo (outro português a residir em França). 
Depois de estar tudo em ordem ponho-me a caminho, mas antes somos convidados a tirar uma foto em frente ao cartaz do CP1. Sigo sozinho. O próximo CP fica a pouco mais de 7 km, mas o percurso embora com pouca altimetria é bastante técnico, mas relativamente fácil. A temperatura continua abrasadora, por isso é preciso ter cuidado. Devo ter demorado cerca de 1:15 a chegar ao CP2 que funcionava num grande pavilhão. À chegada somos incentivados pelo Cyril – o organizador. O tempo gasto por aqui foi de cerca de 30/40 minutos. Descansar um pouco as costas e ombros (nesta fase o peso da mochila nos ombros era o principal problema), comer uma sopa e hidratar bem com coca cola e água e preparar para a partida.
Foto de Bruno Lopes
O plano era ir dormir ao CP seguinte, por isso não podia perder muito tempo porque tinha 12 km sempre a subir (quase 1300 de D+). Como estava a anoitecer, aproveitei a ‘boleia’ e saí com o Daniel Melo. Ele tinha chegado um pouco antes de mim ao CP2 e recebia, nesta primeira parte, o apoio da esposa. Foi ela que nos informou que o João Colaço também já tinha passado no CP1 e só faltava informação da Célia. Seguimos a bom ritmo, fazendo algumas ultrapassagens nas subidas de maior dificuldade. Temos ritmos muito semelhantes nas subidas. Depois de seguirmos por um trilho ao lado de uma pequena ribeira (nesta zona ainda não eram tão frequentes como a seguir à BV1), entrarmos numa estrada de alcatrão que reconheço das fotos do google e que sabia estar muito perto do CP3. Chegamos pouco depois pelas 23:31 a Batere. Foram-nos distribuidos no inicio vários "pass dormida" e "vales refeição" que podiamos utilizar em alguns refúgios. Peço para utilizar um PASS dormida, e por sorte só havia uma cama disponivel. Era uma camarata com beliches.  Claro que o beliche disponivel se situava por cima o que tornou a operação de instalação muito mais dificil para se fazer às escuras e sem barulho. Lá me ‘estico’ na cama, ponho o despertador para as 4 horas e procuro dormir. Demorei a adormecer, mas cerca de meia hora antes da hora prevista, acordo e levanto-me, vou ao abastecimento comer e arranco sozinho pela serra acima. Objectivo CP4 – PY.
Dia 2

O amanhecer na montanha
Seguimos por um estradão até desviar à esquerda por trilho. Vejo luzes de frontal à frente e atrás. Depois de iniciar a descida, encontro as cabanas que o Daniel tinha planeado usar para descanso nesta primeira noite. Não sei se ele estará por aqui. Depois de umas horas a subir, só com uma paragem para ver o raiar do dia acima das
nuvens, e tirar a 1ª foto, volto a encontrar o Daniel já no início da manhã. Seguimos em grupo agora composto de 4 elementos. Juntamo-nos a um guia conhecido do Daniel que levava um grupo de turistas a subir ao Canigou. Chegamos a um ponto onde havia duas alternativas: ou subiamos ao pic du Canigou e desciamos para o outro lado encurtando alguns km, ou contornávamos o pico e o desnível era muito menor. Como estava bem nas subidas, tive vontade de subir, mas a opção geral foi a segunda. Seguimos todos a bom ritmo. Era um trilho bastante corrível. Acabo por seguir na frente como Daniel e o amigo dele. Ainda ‘perdemos’ o trilho numa zona mais técnica, mas depois de algum tempo encarrilhamos pelo trilho certo. Nas descidas procuro resguardar-me, mas faço um esforço para acompanhar o grupo e chegamos juntos ao CP4 às 13:48.
Fazia muito calor e decido fazer uma sesta por aqui, à espera de tempo mais fresco. Para isso, aconselharam-me a voltar a um relvado por onde tínhamos passado cerca de 300 m antes de chegarmos ao CP. Sesta de cerca de 1 h30 e volto ao CP para arranjar agua quente para uma refeição dos liofilizados. Para acompanhar foi comprar uma cerveja numa loja ali perto.
Depois da primeira refeição de liofilizados, é hora de me por a caminho pois queria ir dormir ao CP5. Sempre a subir até ao col Mantet e depois de uma pequena descida voltamos a subir até aos 2300 m (col del pla). Quase no fim da descida seguinte, um pequeno descanso para comer uma barrita e siga, até chegar à travessia de um rio onde estavam várias tendas. Do outro lado estava o refúgio Carança. Está a anoitecer e paro aqui no refúgio para jantar e tentar de seguida atingir o cp5. Compro uma cerveja e água quente para preparar o jantar.
Tomei café à mesa, com atletas que estão a jantar no refugio e que vão dormir por aqui. Nenhum dos presentes vai partir, por isso tenho de sair sozinho às 22H pela serra acima. Algumas hesitações para apanhar o trilho certo, mas como é uma subida dificil como eu gosto, consegui progredir bem e alcançar outro atleta. Agora era sempre a descer até Planes pensava eu.
Vou tão distraído a ver as luzes na terra lá ao fundo, por um estradão abaixo e, pensando que agora era sempre assim até ao CP, quando me lembro das marcações já era tarde. Verifico o trilho no GPS e qual é o meu espanto, não aparecia o risco do track no ecrã. Faço zoom e verifico que o trilho passava ao lado, mas do outro lado do vale. Tinha de subir o estradão que acabei de descer. Foram cerca de 1000 m a subir até chegar a uma curva apertada, onde se saía do estradão. Como é que eu não vi aquela cruz bem visível a “cortar” o estradão e a indicação do GR10 para a frente. Estava consumado o primeiro passeio por fora do trilho. Também nesta altura apanhamos os primeiros pingos de água para testar o poncho. Fiquei fã. Para este tipo de aventuras é muito prático. Põe-se rapidamente e cobre tudo.
Depois de seguir por um estradão à esquerda de um vale acabo por apanhar um companheiro, chegamos a uma cabana onde tivemos alguma dificuldade em encontrar o trilho. Esta cabana tinha uns bastões encostados ao lado da porta. Era o refuge de l’Orri. Só uns dias depois percebi que estas cabanas podiam ser utilizadas em caso de necessidade. Se soubesse isso teria entrado para descansar.
 Olhando para o road book, tínhamos de atravessar para o outro lado do rio onde o percurso descia em sentido contrário. Testamos várias saídas até descobrimos o caminho certo. Afinal ainda tínhamos de subir mais um pouco e só depois encontravamos a passagem para o outro lado. Aqui não havia trilho definido, íamos descendo por uns espaços com relva e arbustos. Começamos a afastar-nos do rio e a subir um percurso muito técnico pela montanha acima. Seguimos os dois durante algum tempo, mas a noite estava quente e começo a ver se encontrava local ao jeito para dormir. Estava difícil, visto que o trilho era muito inclinado e com arbustos e mato rasteiro e sem clareiras para estender o colchão. Finalmente, a chegar ao cimo encontro um local que, embora com inclinação excessiva, aproveitei porque era o melhor que tinha visto até ali. Eram quase 3 h da manhã. Consigo dormir, não sei bem se muito ou não, mas acordei devido à inclinação do terreno e a uma brisa fria que entretanto se levantou. Arrumo o saco cama e o colchão, volto ao trilho, ando menos de cem metros e encontro um relvado excepcional para dormir. Ainda me passou pela cabeça dormir mais um pouco, mas comecei a ver luzes lá ao fundo e isso deu-me o alento para não parar. Finalmente estava a descer para Planes. Atravessamos toda a vila e quase na saída andei por ali hesitante no caminho a seguir. Depois de alguns minutos consegui com a ajuda do GPS seguir pela estrada correta até à saída da povoação. Pensava que o CP5 estava por perto, mas não via nada. Seguiamos por um caminho por meio de campos agrícolas, com a erva cortada o que o tornava macio e muito agradável para os pés. Vemos luzes ao fundo. Deve ser o CP, penso eu. Quando vejo elementos da organização na travessia de uma estrada nacional e um deles me acompanha durante uns 400 metros até virar à direita para um caminho, volto a pensar no CP. É que o dia estava quase aí. Afasto-me novamente para meio dos campos e volto a ver luzes ao longe, mas quando estava quase a chegar viro em sentido contrário. Estava a ficar cansado deste jogo de falsas expectativas para chegar ao CP5, até que finalmente, já ao amanhecer, entro no campo de futebol de Bolquere, pouco depois das 6 Horas da manhã e lá estava o tão desejado CP5. Vou dormir cerca de 2 horas numa das tendas montadas par o efeito.
Dia 3
Depois do pequeno-almoço de liofilizados e de ver o Daniel partir, saio com mais dois atletas. Vamos atravessar a pequena aldeia e virar para um trilho a subir. Depressa eles ficam para trás e passo a andar sozinho. O percurso é fácil, mas sempre a subir ligeiramente. Já na descida começo a ver um grande lago e uma zona turística, com carros e autocarros. Ao chegar vou descansar um pouco na esplanada e tomar um café e um bolo. É o lago de Bouillouses., Ao ver que eu era português (a bandeira identificava-me), um casal que estava na mesa ao lado e que tinha acabado de chegar de Merens-les-Vals, conta-me a história do João Oliveira sair do trilho e andar perdido algures por Andorra.
Lago de Bouillouses
Quando volto ao caminho, vinha o Daniel Dias e sigo com ele até ao outro lado do lago atravessando o extenso paredão da barragem. Foi a última vez que o vi. Ele acabou por ficar para trás ainda quando saímos do paredão e entramos no trilho. A paragem fez-me bem e sinto-me com força. Paro num rio onde aproveito para me refrescar, por os pés de molho e me lavar um pouco. Enquanto estava parado passa um casal de italianos que serviu de referência na subida bastante ingreme que se seguia. Eles levavam umas centenas de metros de avanço, mas o meu desafio era tentar anular essa desvantagem até chegar ao col. Fiz a subida sempre a um ritmo certinho, o que me fez chegar a poucos metros deles e ultrapassá-los logo no início da descida.
A descida era muito tecnica e fiquei surpreendido quando, a subir as pedras em autêntica escalada, cruzo com uma jovem solitária com uma grande mochila. Esta parte do percurso não ficava a dever nada a nossa bem conhecida besta. Continuo a descer o vale até voltar a subir para o Refugio de Besines. Antes de chegar ao refúgio encontro o desvio para o GR107 por onde seguiu o João Oliveira, e onde também hesitei.

Chego ao refúgio onde já estava o Daniel de Melo e mais alguns atletas, numa esplanada com vista magnifica para o vale. Peço uma cerveja e água quente para preparar a refeição. Eles acabam por saír todos e fico sozinho a almoçar. A BV estava a menos de 10 km. Era subir cerca 1km e 200 m+ e de seguida sempre a descer.
Inicio a subida, cheio de força e opto por seguir junto a uma linha de água em vez de seguir o trilho. Pouco depois tenho de fazer autêntica escalada para atingir o col. Deparo-me com um ‘trilho’ que era um amontoado de pedras. Uma descida tão complicada que acabou por demorar mais tempo que o previsto. ‘Calma Jorge, que as descidas é que matam’, pensava eu sempre que me aparecia um descida deste tipo.
A partir do meio da descida, o trilho melhora o que permite recuperar algum tempo perdido na primeira parte. A certa altura começo a ver aglomerado enorme de pessoas em fato de banho e biquini. Ao aproximar-me verifico tratar-se de um pequeno lago com uma nascente de água termais (quentes) e ali estavam a cobrir completamente toda a superficie do lago. Cá fora muitos esperavam por um pequeno espaço para se meterem na água.
Quase a chegar à BV

Continuo pelo trilho, e chego à aldeia onde fico meio perdido. Quando acabo de me sentar num muro para tentar ver no GPS o caminho a seguir, alguem chama por mim e ao olhar vejo o Sebastien, amigo de outras corridas e que estava aqui para apoiar outros companheiros. Lembro-me então que a Célia tinha dito que ele estaria por aqui. Foi otimo porque eram 2 km até à BV em que não tive qualquer preocupação com o percurso. Obrigado Sebastien.
E assim cheguei à BV1 de Merens-les-Vals dentro do tempo que tinha previsto. Em princípio deveria estar por aqui o meu sobrinho André e a Natalina que ia de regresso à Alemanha. Não os vejo e como não tínhamos contactado depois da minha saída de Portugal, pensei que tinham mudado de planos. Vou para uma tenda ampla onde me deito para descansar, recebo o saco e preparo as coisas para um duche. Entretanto alguém chama por mim. É a Natalina que acaba de chegar dos mesmos trilho que eu tinha descido. O André tinha acabado de voltar a subir porque deu por falta da carteira e foi à sua procura. Conversamos enquanto preparava comida e jantava. Vou ao duche que nesta altura é óptimo para a recuperação. Depois de tudo preparado com tenda para dormir, ainda fui à autocaravana deles beber um café, enquanto esperávamos pelo André que tinha encontrado a carteira e vinha a descer. Quando ele chegou e cerca de 3 horas depois de eu chegar à BV, vou dormir até às 3 da manhã.
Continua: http://jserrazina.blogspot.pt/2017/04/transpyrenea-2016-parte-ii1.html

1 comentário:

  1. Parabéns Jorge esta um espectáculo, tanto na descrição como no desenrolar...grande aventura, parabéns...abraço

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